terça-feira, 11 de junho de 2013

Amor na estrada - Dia dos Namorados

Um dia desses uma grande amiga minha me disse que "O amor só faz sentido se ele for uma estrada de mão dupla.". E é bem verdade mesmo. Afinal, não adianta você amar com todo o seu coração dirigindo no limite de velocidade para chegar no seu destino, enquanto o outro ainda está pensando em fazer as malas e nem sabe direito se vai mesmo pegar aquela estrada.
Hoje é dia dos namorados. Então aproveite. Tudo bem que essa nada mais é do que uma data comercial, criada por um publicitário para alavancar as vendas num  mês que costumava ser fraco para o comércio. Mas e daí?! Vai negar que o clima fica diferente e todo mundo anda na rua com um ar de bobo na cara. Seja porque está pensando na noite incrível que pretende ter (ainda que ela demore para começar por conta da fila do motel), ou porque está pensando como gostaria de ter alguém para comprar um presente e dizer "eu te amo".
Se você está no primeiro grupo (ainda que não vá pegar a tal fila), considere-se com sorte e trabalhe para manter a sua rodovia em perfeitas condições. Asfalto esburacado pode causar acidentes. Mas não faça tudo sozinho não. Veja se o outro também está nessa mesma linha de raciocínio. Se estiver, aí realmente considere-se com sorte e "bora" ser feliz.
Se você está no segundo grupo, relaxe. Não inventa de sair por aí caçando alguém, procurando um amor pra ver se no ano que vem você ganha um presente. Essa de ir atrás do amor é furada. Ele não quer ser encontrado não. Ele quer te encontrar. E você vai saber que ele chegou. Fique tranquilo, você vai saber e muito provavelmente vai ser no momento em que você menos espera. Pode ser na fila do cachorro-quente da esquina, no elevador, numa sala de espera... Onde vai ser eu sei lá, mas vai ser. Ah, e você não vai ouvir sinos tocarem, anjos cantarem nem nada do gênero. Mas dá para garantir que tudo em volta fica em modo de espera enquanto você desfruta daquela imagem na sua frente. Depois disso, embarque nessa viagem. Aí então ame. Mas mergulhe de cabeça, porque para ficar molhando só o pezinho na beirada da piscina não vai te levar a nada.
Amar é bom. Amar e ser amado é melhor ainda. Você entende o que significa empatia, você se preocupa com o outro tanto quanto ou até mais do que consigo mesmo. Vocês criam coisas que ninguém mais entende, brincadeiras só suas. Uma frase, um jeito, uma careta.amar é bom, as coisas que o amor traz são ótimas.
 É claro que nem tudo são jardins floridos e tardes ao sol num namoro, ou em qualquer outro relacionamento. Tem aqueles dias de tormenta em que você pode até se perguntar se teu carro ainda está na pista. Mas quando o negócio é amor mesmo, vindo dos dois lados, o céu clareia rapidinho. Basta uma conversa (ok tem vezes que uma briga resolve também), um olhar, ou então só um tempo juntos ali calados. Se for amor mesmo, vocês vão sentir a necessidade de faze funcionar e então vai acontecer.
Então nesse dia dos namorados, tá com alguém? Ame-o. Tá sozinho? Se ame e que se dane o resto.

O teu amor vai chegar. Se não chegou ainda é porque você mora no Brasil e as obras de duplicação de pista demoram mesmo. Mas um dia ficam prontas. Aí nesse dia, é só dirigir para a tua felicidade.
Feliz Dia dos Namorados

segunda-feira, 25 de março de 2013

Petrópolis e a chuva

Fala sério! Até quando será que dezenas e mais dezenas de Petropolitanos vão ter que morrer para que alguma coisa seja feita com relação as chuvas, que todo ano atormentam o sono daqueles que vivem na cidade imperial. Imperial?

Até onde eu sei um império tem pompa e beleza... É, pensando bem a cidade tem isso também, bem ali no centro do ladinho do Obelisco, onde a água cobre carros e destrói o comércio há décadas. Império na lama, só se for, império na enxurrada e dá pavor.

Eu ainda não era nascido, mas sempre ouvia minha avó contar das pessoas que ela conheceu e que morreram nas chuvas catastróficas de 1987. Esse ano foi marcante para a cidade e para quem vivia, e vive nela. Escolha um Petropolitano na rua, de forma aleatória, e pergunte sobre as chuvas daquele ano. Eu acho que não precisa nem ter vivido a tragédia para saber de alguma história. Bom, na pior das hipóteses você pode perguntar sobre qualquer um dos últimos cinco, ou sei lá 10 anos. Alguém vai ter alguma coisa para te contar. Seja sobre o carro de alguém que foi levado, seja sobre ter ficado preso na antiga rodoviária do centro porque a Avenida estava toda cheia, ou ainda sobre a vida de um conhecido que foi levada pela água.

Deveria ser impossível, mas não é, deveria ser ilógico, mas não é, deveria ser absurdo, mas também não é, o fato de uma cidade ser literalmente arrastadas, ano após ano, água abaixo. Mas uma coisa eu acho que ainda podemos dizer que sim, é, inaceitável. Esse povo que "tem no passado gloriosas tradições" não pode de jeito nenhum se conformar com essa situação e ao final de cada temporada de chuva simplesmente esperar que venha o próximo ano.

Eu já ouvi o seguinte pensamento: A gente tem mais é que agradecer, porque no Rio e em São Paulo tem muito mais violência do que aqui. A insegurança lá é todo dia. Aqui é uma vez por ano.
Por favor, a violência digamos que tem o elemento surpresa. Afinal, se um bandido resolve roubar um carro neste instante ele sai e vai pra vida. Agora as chuvas não. Com tanta tecnologia, com tantos estudos, e com tanto DINHEIRO é perfeitamente possível saber quando, onde e como as coisas ruins podem acontecer.

Só esse ano, pelo que me consta, 33 pessoas morreram e cerca de 1234 ainda estão desabrigadas. Até quando?
Não sei. Mas até lá vamos cobrar as providências para que as belezas que foram criadas e guardadas pelos homens de outras nações não tenham o seu brilho diminuindo pelas águas barrentas que passam por cima das nossas pontes.

E aí Petrópolis, quem sabe um dia seja a "tranquilidade nossa fonte de saúde" o ano inteiro.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Arranhando

E ele não se cansa de adimirar aqueles que tentam arranhar o firmamento. Se na cidade de Pedro, o monumento era o do banco. Nesta, que já foi de São Sebastião, ainda não elegeu aquele de mais encanto. E pensar que nesse mundo, em tudo quanto é canto, tem um maior que outro, dizendo que toca o azul. Azul que cobre como um manto.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

"BigDog". A Evolução dos Robôs



    Você sabe o que é o "BigDog"? Ao contrário do que você possa pensar logo de cara, ele não é bem um "cachorro grande", pelo menos não como a gente imagina. E você gostando ou não de tecnologia, vale a pena ler até o final, para não se assustar quando encontrar com um desses na rua.


  Ele na realidade é um robô-carregador, produzido pela Boston Dynamics, conceituada empresa do ramo de tecnologia que produz todo tipo de robôs, desde sua ideia inicial até o protótipo. Além de prestar assessoria para gigantes como a SONY e os Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, e foi justamente para o exército americano que esse robô foi produzido, com a intenção de substituir animais de carga em lugares inóspitos, ou de difícil acesso.


    Com cerca de 3 metros de comprimento, pesando mais ou menos 110 quilos e com centenas de sensores o robô de quatro patas está revolucionando tudo aquilo que nós conhecemos sobre essas máquinas. Isso porque o Bigdog tem uma função que, até hoje, nunca tinha sido implementada nem mesmo nos humanóides, a capacidade de ter reflexos. Ou seja, ele pode agir de acordo com as situações nas quais se encontra. Esse carregador, feito de metal, analisa o terreno no qual está caminhando e toma as decisões de qual é a melhor forma de passar por ali.

    Até ai você ainda pode estar pensando que "isso ele faz com a ajuda de câmeras, aí fica fácil". Pois é, realmente ele, também, utiliza câmeras. Mas o que você diria se ele conseguisse lidar com um elemento surpresa,  tão rápido quanto um ser vivo. Difícil de acreditar? Então confira o vídeo abaixo.


  
    Parece um animal de verdade. E além dessa façanha ele também bateu um recorde mundial, porquê foi o primeiro robô-de-patas a percorrer uma distância de mais de 20 quilômetros, sem precisar parar reabastecer, recarregar, ou qualquer outra coisa do tipo.
O objetivo final de seus inventores, é que o BigDog possa chegar, sozinho, aos mesmo lugares que nós, ou nossos animais chegamos. Mas, o que você acha de ter uma cachorro desses em casa?





domingo, 11 de setembro de 2011

World Trade Center - 10 anos - Um Vazio



                                                                               renovobinladen.g3wsites.com

Hoje, como todos nós sabemos, é dia 11/09. Hoje completam-se 10 anos do pior atentado terrorista da história da humanidade. Onde você estava, como foi o seu dia 11 de Setembro de 2001?

Eu me lembro como se fosse hoje. Chegando em casa, vindo do colégio, passei na banca de jornal, e o jornaleiro me perguntou se eu tinha visto que um avião havia batido num prédio em NY. Disse que não e tentei ver algo pela televisão da banca. O sinal estava muito ruim, então subi para minha casa. Assim que cheguei, liguei a TV e o plantão de jornalismo mostrava a todo instante as imagens mais incríveis e desesperadoras que já tinha visto em toda a minha vida (em meus até então 12 anos de vida). No início não se sabia muito bem o que havia acontecido, mas com o tempo as informações foram convergindo e tomando forma.

Fico perplexo até hoje só de pensar que alguém, ou um grupo de pessoas possa ter tido o sangue-frio, a ruindade de planejar a morte de milhares de pessoas por um fanatismo religioso, político ou seja lá pelo que fosse. Aquele dia ainda está muito vivo na minha cabeça, e sei que também está nas mentes de dezenas de milhares de pessoas por todo o mundo.

É evidente que daquele dia é possível se lembrar de diversas imagens marcantes. Mas as que me deixaram estático, incrédulo, e o fazem até hoje, são as imagens das pessoas que saltaram das Torres Gêmeas para a morte. Há exatos 10 anos, quando vi essas cenas pela primeira vez parecia que meu coração havia parado, parecia que o ar já não preenchia meus pulmões e que por alguns instantes o mundo havia parado. Todas as imagens daquelas pessoas pulando são extremamente fortes. Mas aquela que mais me marcou e me causa calafrios até hoje é a fotografia de Richard Drew, intitulada "The Falling Men", ou "O Homem em Queda"


                                                                                                      foto: Richard Drew


Apesar de este instante parecer calmo e sereno, imagine o que passou pela cabeça não só deste homem, mas de todas as pessoas que foram obrigadas a pular. Estima-se que a temperatura dentro das torres tenha chegado aos 1.000º C, o que é o suficiente para transformar os aviões em líquido. O calor infernal, o ar sufocante. O diretor americano Henry Singer fez um documentário homônimo da foto para tentar identificar o homem em queda. Por isso ele viu centenas de horas de gravações daquele dia e afirma que descobriu que muitos não chegaram a tomar a decisão de pular.

“É possível ver com clareza que alguns foram empurrados por outros em busca de ar, enquanto outros caíram ao tentar sair para o lado de fora do edifício, provavelmente para respirar. O que fica claro é que em alguns andares era simplesmente impossível suportar o incêndio. E ver isso não é nada fácil." - Henry Singer


Quase 3.000 pessoas morreram naquele fatídico dia, não só no WTC, mas também na Pensilvânia e no Pentágono. Muitos, em seus últimos instantes de vida procuraram repostas para o que acontecia, ligaram para seus parentes ou, como Christopher Hanley, 31 anos, ligaram em busca de ajuda. Ele estava em uma conferência no restaurante Windows of The World, que ficava no no 106º andar da Torre Norte e foi o primeiro a ligar para o serviço de emergência naquele dia.

- Alô, estou no 106º andar do WTC. Ouvimos uma explosão agora há pouco.
- 106º andar? – pergunta a atendente
- Sim. Estamos em uma conferência. Vemos fumaça e a situação está ficando muito ruim, não conseguimos descer as escadas.
A atendente passa diretamente aos bombeiros.
- Estamos chegando, vamos buscar vocês, por favor, acalmem-se e nos aguardem, estamos a caminho – diz o bombeiro.
- Por favor, venha rápido e obrigado. – diz Christopher



Acredito que o dia 11/09/2001 jamais sairá do íntimo de toda uma geração. Ainda hoje, por vezes, me lembro do meu choro sozinho naquela noite. Um garoto que ainda que não pudesse entender o fato em sua plenitude, conseguia enxergar a tragédia e toda a dor daqueles atos.


11 de Setembro de 2001. Um dia para jamais ser esquecido, para que jamais volte a acontecer. Um dia que, assim como o memorial, o Reflecting Absence, construído no exato lugar onde ficavam as Torres Gêmeas, vai sempre deixar um espaço vazio em nós. Para nos lembrarmos que nada nem ninguém nunca poderá preencher ou tomar o lugar de todos que ali se perderam.


                                                                                                                                                          fotos: brainstorm9.com.br










quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A classe e a elegância na " Hora de dar Tchau"

Todos nós sabemos que a televisão vai muito além daquela caixa-falante-colorida-HD, que fica na sala de casa. Ali, nos bastidores daquela infinidade de programas e canais, acontecem muitas coisas que nós, telespectadores, jamais ficamos sabendo.
Por isso é que não podemos ignorar quando acontece de uma apresentadora lavar toda a roupa suja, tirar o nó da garganta em seu último dia em uma emissora na frente das câmeras, em rede nacional e AO VIVO.


Vamos aos fatos. 
A jornalista Keila Lima, atualmente, vinha dividindo a apresentação do programa "Manhã Maior" com Daniela Olá Emílio Albuquerque, esposa de Amilcare Dallevo, um dos donos da REDE TV!, e nos últimos tempos já se falava muito sobre a saída da jornalista da emissora. Uns dizem que a causa principal foi o fato de que a direção do programa iria realojar Keila como repórter do programa, visto que Regina Volpato chegaria para dividir a apresentação com Daniela. Outros dizem que a saída foi motivada mais uma vez pelo capricho da esposa do dono.


                                           Tiago Archanjo/AgNews
Para quem não se lembra, a apresentadora Luisa Mell saiu da REDE TV! por pressão de Daniela Albuquerque que, segundo o comentário da época, não gostava do relacionamento da defensora dos animais com o seu marido.


Pois bem, ontem, dia 30 de agosto, foi o último dia de Keila Lima à frente do "Manhã Maior. Ela e sua colega conversavam com um entrevistado quando Keila pediu a palavra para se despedir de seus telespectadores. A tal despedida não estava no script, e Daniela, obviamente ficou numa saia justa.


Logo no início de seu adeus, Keila mandou um beijo a todos da emissora e tirou o ponto eletrônico do ouvido, pois provavelmente o diretor estava a mandando parar ou sabe-se lá o quê. Para quem não sabe, o famoso "ponto" é um aparelho minúsculo que fica no ouvido dos apresentadores para que o diretor possa falar com eles, dar instruções etc.


A jornalista disse ainda que quando foi convocada por Monica (Pimentel) para ensinar Daniela a ser apresentadora pensou "gente do céu, será que eu vou conseguir?".


A primeira dama do canal tentou por várias vezes cortar a colega de estúdio e inclusive saiu em defesa da emissora do marido quando a saudosa disse que queria "mandar um beijo para toda a produção que trabalhava muito e com poucos recursos".


Vale a pena conferir o vídeo aqui embaixo. 






 Em entrevista à coluna "Na TV", do site IG, Keila disse que não tinha a intenção de criar nenhum tipo de mal-estar: “Não era minha intenção alfinetar ninguém. Para mim é tão natural dizer quem me ensinou no começo da carreira. Sou muito grata à Rede TV!, mas não poderia continuar como repórter num programa em que eu era apresentadora. Achei que não combinava”. Segundo Keila, ela já iniciou negociações com outra emissora e deve finalizá-las na próxima semana.


Essa não é a primeira vez que uma apresentadora se despede com uma alfinetada. Em 2010, no seu último "TV FAMA", a apresentadora e atriz Adriana Lessa disse, para o companheiro programa Nelson Rubens, que "Foi muito difícil ficar e trabalhar ao seu lado, mas com ética e dignidade eu consegui."


E aí, quando será que vamos poder conferir mais uma lavagem de roupa suja na TV?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Melhor cachorro do mundo


Você tem um animal de estimação? Se você não tem, não sabe o que está perdendo. O meu é esse carinha aí das fotos, o Willy.


O Willy chegou lá em casa em 97 ou 98. Até ele, nós só tinhamos tido uns peixes, bem pequenos que se mataram pulando para fora do aquário. Então, um belo dia eu chego em casa e encontro a minha mãe corrigindo os cadernos dos alunos na mesa da copa. Enquanto me encaminho para dar um beijo nela, vejo algo se mexendo aos seus pés. Eis que vem ao meu encontro aquela bola de pelos, completamente desengonçada, batendo na parede, sem controle motor para abanar o toquinho de rabo e andar ao mesmo tempo.
Na hora não acreditei,  finalmente eu ia ter um cachorro.
No mesmo dia fomos jantar fora e levamos o pequeno sem nome. No caminho decidimos, depois de várias opções, que Willy seria seu , Willy como a baleia do filme.




Tudo estava ótimo, até que antes de completar 1 mês lá em casa o Willy pegou uma doença que quase o matou. Ele ficou magrinho, não latia, não brincava, só ficava na cama dele, junto com o urso de pelúcia que demos para ele dormir à noite porque sem ele, Willy uivava  a noite inteira. Graças a Deus ele se recuperou, o pobrezinho tomou mais remédios que eu na minha vida toda, mas valeu a pena.


Hoje, penso que naquela época a bolinha de pelo já havia se tornado um membro da família.
Não existe outra definição para o que ele representa para nós. Afinal, ele está em todas as situações, seja nas viagens, nas brigas, nas festas, Natal, Ano Novo, domingo em casa, em tudo ele está. Nas situações mais simples do dia a dia ele está. Por exemplo, chegar em casa depois da escola se tornou um verdadeiro evento. O cachorro pulava, latia, corria pela casa toda feito um louco e depois ficava com um palmo de língua para fora. Uma verdadeira comédia, que te faz se sentir a pessoa mais especial do mundo.


                                                                               noite de natal.
Não tem como não dizer, o Willy é um irmão, daqueles que durante as brigas fica apreensivo junto contigo. Ou ainda um amigo, daqueles que nas tristezas fica do seu lado, vai até você e te olha, te ouve e ouve muito, não te julga, não te força, só te olha e com o olhar diz que "estou aqui com você", te oferecendo um ombro amigo, ou uma fungada amiga.


Nós brincamos dizendo que ele é filho legítimo da minha mãe, por consequência meu irmão, por isso  às vezes o chamamos de Willy Fellipe ( referência a mim, Henri Fellipe). Para falar a verdade não sei como ele nunca entrou em crise de identidade. Porque o chamamos também de Willy Nelson (meu tio batizou assim), Willyzinho, Billy (minha avó devido à idade não compreendia o nome original), e não sei por que razão o mesmo tio, o Ronaldo, o chamava de Dionísio (vai entender) e ele atendia por todos, sem exceção.


                   em outro ângulo.
Mas em se tratando de um poodle, nem tudo são flores. Porque essa raça às vezes é meio rabugenta e maluca. Não tente passar o aspirador de pó perto dele, nem a vassoura. Acho que ele não é muito a favor da limpeza da casa. Ah, e também não tente, em hipótese alguma, tirar  algo da boca dele. Isso pode não terminar bem para a sua mão. Mas fora isso eles são ótimos...


Olha, para falar a verdade, eu acho que ele não é um simples cachorro, mas sim o cachorro mais inteligente do mundo. Porque quando o telefone toca ele corre pra atender, porque quando a campainha toca ele corre pra atender, porque ele para para ver TV. Ou ainda o mais dissimulado, porque quando tínhamos visita ele implorava à ela um pedacinho do seu lanche da tarde, e não à nós de casa, porque sabia que nós não daríamos.

Ai ai Willy, meu amigão. Até nos últimos tempos, quase completamente cego e com um problema nos pulmões, ele continuava fazendo a diferença nas minhas idas a Petrópolis. O fiel escudeiro da minha mãe, o único filho dela que não saiu de casa. Esse passou por poucas e boas com a gente.


Willyzinho, meu irmão, meu amigão.




Esse post é para ele e foi escrito como se ele ainda estivesse aqui, com a gente, de propósito. Pois para mim, ele vai sempre estar, e tudo vai me fazer lembrá-lo. No meu coração ele vai estar sempre vivo e para sempre vai ser o meu cão-irmão.


Willyzinho, que na manhã da última terça-feira,  calminho, tranquilo, nas mãos de "mamãe bala", sob suas palavras, companhia e carinhos, nos deixou.



Agora eu quero ver o que Deus vai fazer, quando tiver que passar uma vassoura no céu...